Quando ouvimos a palavra águia, logo vem na mente a imagem da águia-americana ou da águia-dourada, espécies emblemáticas que ocorrem no hemisfério norte. Contudo, aqui no Brasil ocorrem nove espécies de águias, que são tão impressionantes quanto as populares espécies do hemisfério norte. Algumas, como as espécies do gênero Spizaetus, são popularmente chamadas em nosso país de "gaviões". No Mato Grosso do Sul ocorrem oito espécies de águias:
Gavião-pato - Spizaetus melanoleucus
Ave símbolo do projeto, presente no logo, apesar de ser chamado de gavião é uma poderosa e pouco conhecida águia florestal. No Mato Grosso do Sul pode ser encontrada em florestas, borda de matas e cerradões. Costuma voar alto planando por longas horas, especialmente nas horas mais quentes da manhã. É especialista na captura de aves, caça desde tucanos, papagaios, maitacas até urus. Costuma procurar suas presas sobrevoando florestas e áreas descampadas, executando mergulhos na copa das árvores ou próximo ao solo para capturar suas presas. Também procura presas espreitando a partir de um poleiro camuflado.
Gavião-de-penacho - Spizaetus ornatus
Águia florestal bela e poderosa, recebe esse nome devido ao notável penacho que se ergue verticalmente, quando estressado/excitado, no topo da cabeça. Também conhecido como apacanim e águia-de-penacho. No Mato Grosso do Sul é rara, sendo encontrada em florestas densas, capoeiras e cerrados mais arbóreos. Alimenta-se de uma grande variedade de presas de pequeno e médio porte, desde aves como inhambus e jacus até gambás e quatis. Ao contrário dos seus congêneres, é mais discreto e plana com menor frequência.
Gavião-pega-macaco - Spizaetus tyrannus
Águia florestal encontrada nas diversas formações florestais do estado, inclusive na área urbana da capital Campo Grande, onde é frequentemente avistado transitando entre as áreas verdes da cidade. Possui silhueta inconfundível, vocaliza com frequência durante seus voos circulares pela manhã, muitas vezes junto aos urubus. Gosta de caçar marsupiais, saguis, ratazanas, preás e outros pequenos mamíferos. Caça a partir de um poleiro procurando presas no solo e/ou arbustos, ou sobrevoando a baixa velocidade por cima do dossel da floresta.
Harpia - Harpia harpyja
Também conhecida como gavião-real e uiraçu-verdadeiro, trata-se de uma das maiores e mais poderosas águias do mundo. Estritamente florestal, no Mato Grosso do Sul é muito rara, encontrada principalmente na Serra da Bodoquena, além de contar com alguns registros pontuais no estado. De hábitos discretos, não plana, passa boa parte do tempo empoleirada no dossel da mata. É uma poderosa predadora, caça desde macacos, preguiças até bugios e tatus. Caça por espreita, fica pousada em um galho alto procurando suas presas por longos períodos.
Uiraçu - Morphnus guianensis
Raríssimo, no Mato Grosso do Sul foi avistado uma única vez na região do Buraco das Araras, em abril de 2001, quando os ornitólogos Pedro Scherer-Neto e Cassiano F. Ribas avistaram um M. guianensis atravessando em voo uma estrada secundária com cerrado recentemente extirpado. Desde então nunca mais foi visto, talvez extinto no estado. Trata-se de uma águia florestal discreta e tímida, não plana e raramente sai de dentro da floresta. Possui dieta variada, caça desde aves grandes como jacus, até serpentes e pequenos primatas. Conhecido também por uiraçu-falso, falsa-harpia e gavião-uiraçu.
Águia-serrana - Geranoaetus melanoleucus
Também conhecida como águia-chilena, é pouco comum no Mato Grosso do Sul. Gosta de habitar áreas montanhosas e campestres, onde é frequentemente observada planando em círculos, especialmente nas horas mais quentes da manhã. Em algumas regiões, pode ser encontrada pousada em postes na beira de rodovias e no alto de torres de linhas de transmissão. Generalista, caça desde aves, serpentes até pequenos mamíferos; ocasionalmente pode comer carniça e animais atropelados.
Águia-pescadora - Pandion haliaetus
Águia migratória oriunda do hemisfério norte, aparece no Mato Grosso do Sul entre os meses de outubro e abril, sendo encontrada em praticamente todas as regiões do estado. Sua dieta é composta basicamente de peixes, que são capturados através de mergulhos próximos a superfície da água. Além das garras finas, essa espécie possuí uma série de pequenos espinhos na sola dos dedos para evitar que a presa escorregue. Pode ser encontrada voando alto ou pousada em árvores na margem de lagos, grandes rios, estuários e áreas costeiras.
Águia-cinzenta - Urubitinga coronata
Trata-se de uma das maiores e mais ameaçadas águias que ocorrem no Brasil. Muito rara no Mato Grosso do Sul, encontrada em campos naturais, pastagens com árvores esparsas e cerrado. Vive solitariamente ou em casal, às vezes acompanhada de um jovem. Passa a maior parte do dia pousada em cercas, cupinzeiros, buritis, postes, etc., onde emite uma fina voz de alarme. Costuma caçar tatus, gambás, lebres e ratos silvestres, além de aves e répteis. Nas horas mais quentes do dia, voa alto em círculos, às vezes junto aos urubus.
Águia florestal encontrada nas diversas formações florestais do estado, inclusive na área urbana da capital Campo Grande, onde é frequentemente avistado transitando entre as áreas verdes da cidade. Possui silhueta inconfundível, vocaliza com frequência durante seus voos circulares pela manhã, muitas vezes junto aos urubus. Gosta de caçar marsupiais, saguis, ratazanas, preás e outros pequenos mamíferos. Caça a partir de um poleiro procurando presas no solo e/ou arbustos, ou sobrevoando a baixa velocidade por cima do dossel da floresta.
Também conhecida como gavião-real e uiraçu-verdadeiro, trata-se de uma das maiores e mais poderosas águias do mundo. Estritamente florestal, no Mato Grosso do Sul é muito rara, encontrada principalmente na Serra da Bodoquena, além de contar com alguns registros pontuais no estado. De hábitos discretos, não plana, passa boa parte do tempo empoleirada no dossel da mata. É uma poderosa predadora, caça desde macacos, preguiças até bugios e tatus. Caça por espreita, fica pousada em um galho alto procurando suas presas por longos períodos.
Raríssimo, no Mato Grosso do Sul foi avistado uma única vez na região do Buraco das Araras, em abril de 2001, quando os ornitólogos Pedro Scherer-Neto e Cassiano F. Ribas avistaram um M. guianensis atravessando em voo uma estrada secundária com cerrado recentemente extirpado. Desde então nunca mais foi visto, talvez extinto no estado. Trata-se de uma águia florestal discreta e tímida, não plana e raramente sai de dentro da floresta. Possui dieta variada, caça desde aves grandes como jacus, até serpentes e pequenos primatas. Conhecido também por uiraçu-falso, falsa-harpia e gavião-uiraçu.
Também conhecida como águia-chilena, é pouco comum no Mato Grosso do Sul. Gosta de habitar áreas montanhosas e campestres, onde é frequentemente observada planando em círculos, especialmente nas horas mais quentes da manhã. Em algumas regiões, pode ser encontrada pousada em postes na beira de rodovias e no alto de torres de linhas de transmissão. Generalista, caça desde aves, serpentes até pequenos mamíferos; ocasionalmente pode comer carniça e animais atropelados.
Águia migratória oriunda do hemisfério norte, aparece no Mato Grosso do Sul entre os meses de outubro e abril, sendo encontrada em praticamente todas as regiões do estado. Sua dieta é composta basicamente de peixes, que são capturados através de mergulhos próximos a superfície da água. Além das garras finas, essa espécie possuí uma série de pequenos espinhos na sola dos dedos para evitar que a presa escorregue. Pode ser encontrada voando alto ou pousada em árvores na margem de lagos, grandes rios, estuários e áreas costeiras.
Trata-se de uma das maiores e mais ameaçadas águias que ocorrem no Brasil. Muito rara no Mato Grosso do Sul, encontrada em campos naturais, pastagens com árvores esparsas e cerrado. Vive solitariamente ou em casal, às vezes acompanhada de um jovem. Passa a maior parte do dia pousada em cercas, cupinzeiros, buritis, postes, etc., onde emite uma fina voz de alarme. Costuma caçar tatus, gambás, lebres e ratos silvestres, além de aves e répteis. Nas horas mais quentes do dia, voa alto em círculos, às vezes junto aos urubus.